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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Meia-Maratona de Almada: o relato.

Foi uma prova que superou as minhas expectativas, que já eram altas. O percurso foi muito interessante, a organização esteve quase perfeita e acabei por melhorar o meu anterior recorde pessoal. Além disso, fiz a prova com mais dois amigos (apesar de andarmos sempre separados) e por caminhos que me são bastante familiares.

Mais uma vez, fui a pé para a partida. Levantei-me uma hora e meia antes e comi apenas uma banana. Esperei pelo S. e, a meio caminho, o R. juntou-se. A partida estava bem organizada, com entradas para a Meia-Maratona, evitando que partissemos atrás de malta da Mini e da Caminhada.

A zona da Lisnave estava cheia de gente e a animação era a habitual: muito barulho, um casal de excitados em cima de um palco aos berros e aos saltos, e música estridente. Não percebo muito bem qual é a graça disto mas, pelos vistos, resulta.

Não esperámos muito pelo início. Talvez uns 10 minutos. Pouca confusão e cerca de 30 segundos apenas a cruzar a linha de partida. A Lisnave ficava para trás e entrámos no Alfeite, local onde nunca tinha estado. Algumas subidinhas, o Rio Tejo, as embarcações e uma conversa improvável com um ex-tropa ou ex-marinheiro. Tudo a passo bastante moderado.

Por esta altura já o S. era uma miragem. O R. estava algo lento e, à entrada do centro da Cova da Piedade, deixei-o para trás, porque estava a custar-me mais ir devagar do que acelerar um bocado. Estavam feitos cerca de 5 Km.

A entrada no Parque da Paz fez-se pelo sítio onde, habitualmente, começo os meus treinos. Dei a volta ao lago e depois fui em direcção ao Fórum Almada, sempre por uma passagem lateral ao Parque. Sentia-me em casa, pois já treinei ali muitas vezes.

Aqui fiz a primeira subida mais exigente (mas engana bem, porque não parece que sobe), sem dificuldade alguma. Cheguei ao Fórum e atravessei o parque de estacionamento. Achei piada a esta parte mas já li algumas pessoas que se queixaram por causa da qualidade do ar. Sinceramente, aquilo durou cerca de um minuto, é muita mariquice.

Entretanto, tinha avistado o guia das duas horas. Tendo em conta o ritmo baixo que pensava estar a fazer nos primeiros 5 Km, fiquei bastante contente por, afinal, não ir assim tão lento. Acelerei um bocado, aproveitando uma ligeira descida, mas sempre sem forçar.

Por volta do oitavo Km vejo outro guia, que julguei ser o das 1h50. Achei estranho mas quis alcançá-lo. Primeira desilusão. Era o guia das duas horas, afinal. Tinha visto mal, o anterior. Fiquei um bocado desiludido mas rapidamente me motivei. Afinal, não me interessa muito o tempo, interessa-me é sentir-me bem até ao fim.

Por esta altura ainda não me tinha abastecido de água, mas sabia que o segundo posto estava perto, nos 10 Km (o primeiro foi aos 5 Km).

Entre o Km 9 e o Km 11,5 uma brutal subida. Arrastei um bocado o cu pela estrada mas, a meio, deu-me vontade de fazer aquilo "à homem" e arranquei para um ritmo mais condizente com o meu estatuto. Lembrei-me do atrasado mental do Miguel Gonçalves e bati punho ladeira acima.

A entrada na Universidade fez-se com muita calminha. Aquilo estava um bocado isolado mas até gostei de percorrer as ruas daquilo quase em silêncio. Fez-me lembrar os meus tempos de estudante universitário e da boa vida que tinha, sem fazer ponta, e tudo às custas dos papás (foram sempre muito generosos). Adiante.

Saída da Universidade, descida muito boa, subida difícil e nova descida. Tentei não abusar no ritmo porque temia ter uma quebra. Novo abastecimento ao Km 16, em descida (o que é sempre lixado). Até ao Km 17,5 em ligeira subida (que bem me custou a fazer).

Fiz um esforço até aqui porque conhecia bem o trajecto que faltava. Sabia que era sempre a descer (e bem a descer) e que poderia terminar em modo mais descansado.

Contudo, a meio da descida, já estava à rasca dos pés e das pernas. O pavimento nesta zona era pouco recomendável (empedrado) e sofri bastante. Já no último quilómetro e meio voltou o alcatrão, mas já era tarde para não estar com os pés feitos em caca (os Nike Vomero 6 chumbaram ligeiramente...).

À entrada dos últimos 500 metros lá me deu mais uma força vinda não sei de onde. Estava a controlar o meu tempo e, como me sentia bem, acelerei, sprintei mesmo, e assim terminei a minha terceira Meia-Maratona.

À chegada, muita felicidade e uma recuperação rápida.

KM 1 - 6:02
KM 2 - 5:29
KM 3 - 5:56
KM 4 - 6:04
KM 5 - 5:43
KM 6 - 5:22
KM 7 - 5:28
KM 8 - 5:45
KM 9 - 5:25
KM 10 - 5:50
KM 11 - 6:23
KM 12 - 5:19
KM 13 - 5:35
KM 14 - 5:30
KM 15 - 5:14
KM 16 - 5:00
KM 17 - 5:36
KM 18 - 5:23





















































KM 19 - 5:20
KM 20 - 4:46
KM 21 - 5:02

Dia
Distância
Tempo
Média
28 Abril
21.1 Km
1: 55:49
5:29

Ou seja, menos 3:01 do que o anterior recorde pessoal, feito numa prova com um percurso mais acessível do que este.

Na geral, fiquei em 577º, em 829 participantes. Na minha categoria fiquei em 109º, em 144.

Gostei bastante desta Meia-Maratona. A organização foi impecável e até os voluntários entraram no espírito, sempre a incentivar. Achei apenas que o terceiro e quarto abastecimentos estavam demasiado perto (14 e 16 Km) um do outro. À chegada era, também, desnecessário a música estar tão alta que até abanava um gajo, quando só se pedia algum descanso.

O percurso foi bastante interessante, com destaque para a passagem no Alfeite, no Parque da Paz e na travessia pelo coração de Almada.

Venham mais Meias em Almada porque esta correu, sem dúvida, bastante bem.

2 comentários:

Rita Carvalhal Ferreira disse...

Finalmente admites que o Miguel Gonçalves te ensinou a ser empreendeDOR. Fico muito contente! Parabéns pela excelente prova!

Aliviado, disse...

Oh pá!!! Após 4 (quatro) angustiantes dias de espera, eis a crónica. Estava a ver que a promessa de publicação, diariamente repetida, estava a tornar-se crónica.